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segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Review - Carrier - Dreamcast



Carrier - Dreamcast

O Dreamcast marcou o fim da era SEGA para os consoles, a empresa a partir dai passou a se dedicar exclusivamente aos games com suas franquias já consagradas pelos seus vários anos de mercado. Não o considero como um fracasso por completo, o console tinha potencial, isso todos podiam notar, então o que diabos pode ter dado tão errado para a SEGA? Porque não segurar as pontas? Crise, derrota iminente para o Playstation 2?, A Nintendo também passou por isso com seu Nintendo 64, bom, não adianta agora querer dizer isso ou aquilo, o que está feito está feito e ponto final.

Adquiri o meu Dreamcast acredito que uns 3 ou 4 anos antes dele se descontinuado, e fui bem feliz com ele, era notável a sua potência mesmo se comparado ao seu rival o Playstation 2, mas não teve jeito, quando os jogos se tornam escassos não restara mais nada à fazer do que partir para outro console, no caso o próprio Playstation 2.

Carrier se tratava de mais um daqueles Survival Horror do tipo Resident Evil, com zumbis e monstros, sendo que aqui, a Jaleco se utilizou de alguns recursos novos e bem interessantes para agradar o público deste tipo de jogo. Logo de cara notamos que o game é todo em 3D, tudo foi renderizado, diferente do próprio Resident Evil que se utilizava de imagens como plano de fundo, misturadas com objetos 3D em seus games.

O jogo conta com um enredo diferente, "ah vai me falar que não tem aqueles monstros que se tornaram zumbis através de uma doença rara?" Não! "Então isso deve ser coisa de vampiro?" Também não! "Humm duvido que não tenha ao menos um fantasma", "um capiroto qualquer que interfira em algo?" Não!, o game trata de um vírus marítimo que contaminou toda a tripulação controlando e dando formas monstruosas a todos seus tripulantes. "Nossa! Que diferente".

Carrier tem como pano de fundo um cenário bem favorável para o gênero, um clima chuvoso, noturno e um belo de um navio que deixa qualquer claustrofóbico tenso. Algumas partes do game chegam a ser tão escuras que você só enxerga os inimigos quando se dispara com a arma, iluminando mesmo que por pouco tempo o ambiente com sua explosão, detalhes como este são interessantes de se notar no game, que ainda conta com um escaner bem "bacanudo" para identificar os civis infectados e os não infectados.

O jogo como mencionei anteriormente é todo em 3D, aqui não notamos tanta imperfeições nos polígonos, como em outros jogos 3D, como aqueles desenhos quadradões, pontiagudos etc.. O som também não deixou a desejar, temos uma dublagem mais ou menos durante o percorrer do jogo, mas não chega a atrapalhar, uma coisa legal que notamos em Carrier é que muito de seus recursos podem ou foram copiados pela Capcom, como a conversa através de um link com imagem com outros agentes, a mira que aparece ao acionar o botão da arma e algo que até hoje me recordo quando jogo Resident Evil 4, ao atirar na cabeça de determinados inimigos, a cabeça do mesmo explodia e saiam uma espécie de tentáculos que nos atacavam por todos os lados, não pude deixar de lembrar de Carrier quando joguei Resident Evil 4 tempos depois.

Carrier foi um bom Survival Horror para o Dreamcast, um ano depois o console receberia o tão aguardado Resident Evil: Code Veronica, e deixaria de lado qualquer jogo do gênero, como Carrier que foi uma boa aposta da Jaleco, que estava apenas se aventurando neste tipo de jogo e cumpriu bem o seu papel.




Vídeo Gameplay






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(Review publicado originalmente em: 01/09/2014)