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quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Review - The King of Fighters '95 - Arcade



The King of Fighters '95 - Arcade

Em 1995 nascia aquele que é pra mim, não somente o melhor jogo de toda a franquia The King of Fighters. Mas também aquele que veio para criar em minha cabeça de criança ainda, a falsa sensação de que eu iria morrer, mas que em todos os anos de minha vida eu iria jogar um novo jogo dessa serie desenvolvida pela SNK. Não que eu não tenha gostado de Kof '94, muito pelo contrario, esse tinha sido um jogo que eu adorei, e ainda é um dos três jogos que eu mais gosto da serie (costumo brincar dizendo que é um dos três jogos da trindade da eterna perfeição). Mas convenhamos, muitos nem chegaram a sequer jogar esse jogo na época do lançamento, ele foi um jogo que passou meio que despercebido aqui em São Paulo devido o fato de ser um novo jogo e que apesar de se poder jogar com um time composto de três personagens, esses eram fixo, você não podia editar os times, fato que incomodava muitas pessoas.


Mas tudo isso mudou com a chegada de The King of Fighters '95, e que uma de suas principais diferenças com o primeiro jogo era justamente o fato de que a partir daquele momento o jogador tinha a possibilidade de jogar e montar o seu time de acordo com sua vontade. Se você queria jogar com Kyo, Heidern e Iori no mesmo time, isso era possível, o único problema disso era que jogar com um time montado, ou como o pessoal dizia, um time que não era oficial, fazia com que caso a pessoa que estivesse jogando chegasse a terminar o jogo, esse não veria um final propriamente dito, já que só os times fixos contavam com finais. Mas fala serio, quem é que ligava para isso naquela época, principalmente porque foi Kof '95 que fez nascer a febre dos jogos de luta, pelo menos aqui em São Paulo.


Nessa época quando chegávamos no fliperama, e lógico, queríamos jogar Kof '95, tínhamos que colocar a ficha no Arcade e ficar esperando a vez, era uma espécie de fila, só que criada a partir das fichas que estavam ali na maquina. Era bem normal você chegar e o Arcade já ter dez, doze as vezes até quinze créditos, tudo de outras pessoas que estavam ali somente esperando para jogar. Lembro de ter conhecido varias pessoas, ter feito varias amizades só desses momentos em que ficávamos esperando para jogar, era muito legal, você só não podia perder, porque se não você teria que esperar uma eternidade para poder jogar novamente.


The King of Fighters ’95 foi um jogo que marcou muito, foi a partir desse jogo que conhecemos Iori Yagami, que acabou se tornando um “xodozinho” de muitos nessa época. Era bem normal você encontrar pessoas falando e criando rivalidades com os fãs de Kyo Kusanagi. Porque sabe como é criança, não basta você jogar, você tem que alem de justificar mostrar o do porque tal coisa é melhor que a outra, e no caso era o do porque um personagem era melhor que o outro. E assim como em Kof ’94 Rugal estava de volta, só que na historia todos os lutadores receberam uma carta onde essa não identificava quem era o anfitrião do torneio, a única menção era que nos envelopes das cartas recebidas essas vinham com um selo com a letra R. E obvio que ninguém percebeu, ou fizera alguma ligação ao fato que poderia ser Rugal ainda vivo, mas em fim, essa é a historia de um jogo de luta (risos).


E assim como em todos os jogos da franquia, esse viera recheado de belos cenários, alias, um dos meus cenários preferidos, se não o cenário que eu mais gostos esta nesse jogo, que é o cenário do time da Fatal Fury. Lembro como se fosse hoje eu chegando ao fliperama vendo aquele novo jogo e a batalha acontecendo em um lugar com a água aos pés dos lutadores, e um macaquinho carismático ao fundo indo de um lado para o outro acompanhando os lutadores. Até hoje eu acho esse cenário incrível. O tema musical desse também é muito bom. Tudo conspira a favor (risos). Mas falar de musicas desse jogo também é chover no molhado, já que todos os temas aqui são fantásticos, pensa em um jogo que não tem uma musica que você pode falar que é mais ou menos, todas as faixas são fantásticas.


Eu sei que isso é uma constante em todos os jogos da serie, e alias, em tudo que é jogo. Mas foi em Kof '95 que eu comecei a presenciar os primeiros combates a serem decididos devido a o uso de algum bug encontrado dentro do jogo. Coisa essa que é tão normal em Kof que até nasceu a frase “se não tem bug não é kof”, ou “não existe kof sem bug”. Lembro que o pessoal quando descobriu sobre o bug do cenário da Fatal Fury, justamente esse cenário, ninguém mais podia pegar um personagem com baixa estatura para jogar contra um personagem mais alto (Iori Yagami), porque se isso acontecesse a pessoa que estava com o personagem mais baixo nem sequer conseguia iniciar a luta, já ficava no alto sendo feito de saco de pancadas até morrer. Era uma droga isso (risos).


Alem dos bugs, Kof ’95 ainda contava com o bendito condigo para se poder jogar com Rugal e Saisyu Kusanagi, fato esse que era considerado por todos que jogavam fliperama na época como uma espécie de apelação, e até motivos de ironias e chacota caso a pessoa que tivesse escolhido os chefes do jogo viesse a perder. Porque nessa época, a lei era clara, se você escolheu os chefes você tinha que ganhar, caso contrario podia se preparar para as brincadeiras e piadinhas. The King of Fighters ’95 foi desenvolvido e publicado pela SNK em 1995 para Arcade. O jogo também foi lançado para outras inúmeras plataformas, incluindo Neo Geo CD, Playstation, Playstation 2, SEGA Saturn, versão essa que contava com um cartão de expansão de memória que fazia o jogo ficar praticamente idêntico ao do Arcade.



Vídeo Trailer versão Playstation






(Dissection)








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