Review - Medal of Honor: Underground - Playstation

Medal of Honor: Underground - Playstation

Há algum tempo atrás, resolvemos gravar um episodio do Neo Player, onde somente iríamos falar de jogos que contasse com protagonistas mulheres. Criamos nossa lista e nascia então o episodio do Neo Player - 035 - Elas são protagonistas. Episodio esse onde um dos jogos comentados fora o Medal of Honor: Underground de Playstation, que conta com a personagem principal Manon Batiste. Mas com o passar do tempo, eu acabei esquecendo desse jogo, e somente voltei a lembrar dele recentemente assistindo a apresentação da Eletronic Arts na E3 2018, onde um dos jogos apresentados pela EA foi o Battlefield V, que assim como Medal of Honor: Underground também conta com uma protagonista mulher. Não deu outra, assim que vi sobre o jogo lembrei-me de imediato do jogo da Manon Batiste.

Manon Batiste resolvera entrar para OSS após perder seu irmão que lutava pela resistência. Durante o jogo temos que percorrer por vários lugares, a fim de coletar informações, sabotar instalações e armas, resgatar prisioneiros entre outras coisas. O jogo se passa durante a segunda grande guerra, e no controle de Manon temos que percorrer lugares como Paris, Marrocos e Alemanha.

Assim como no primeiro jogo da franquia, quem esteve a cargo do desenvolvimento de Medal of Honor: Underground foi Steven Spielberg. E como o primeiro jogo esse também conta com um ar todo cinematográfico, onde que em vários momentos até parece que estamos jogando, ou seguindo a trama de um filme. Durante uma missão e outra são apresentados alguns fatos históricos que por sua vez acabam criando na cabeça de quem esta jogando a sensação de que realmente estamos no meio de um momento histórico ou algo do tipo. O jogo conta com gráficos muito bem feitos e que na época eram considerados como um dos melhores para o console da Sony.

O gameplay do jogo é todo em primeira pessoa (FPS), tal como todos os jogos da franquia. E durante a campanha, alem das tradicionais coisas que podem acontecer em um jogo de tiro que se passa durante uma guerra. Podem acontecer coisas que não são muito convencionais e que acabam dando ao jogo um ar todo especial. Um exemplo disso é que Manon em vários momentos não vai tentar ir direto para o confronto corpo a corpo. Ao invés disso, ela vai tentar se infiltrar no campo inimigo se passando por uma fotógrafa que esta ali para tirar fotos e documentar a vida dos soldados Alemães. Chega ser engraçado você ver os soldados fazendo posse, tentando achar sua melhor posição para sair bem durante a sessão de fotos. E em alguns momentos você consegue se infiltrar somente fazendo isso, já em outros, o disfarce simplesmente cai e você é obrigado a trocar tiros com os soldados.

O jogo tem uma sonoridade incrível para a época, já que assim como no primeiro jogo da serie, Steven Spielberg tentou levar para sua produção toda a sensação de um campo de batalha. Mas curiosamente esse jogo, diferentemente de seu antecessor, não foi assim, como posso dizer, tão popular. Não sei dizer bem o porquê, se isso se deu ao ano que ele foi lançado, já que muitos nessa época nem tinham mais um Playstation para poder jogar. Porem é notório que muitos nem sequer saibam da existência desse jogo. Eu mesmo só fui conhecer ele na época porque um amigo que comprou me disse que tinha comprado e me emprestou para poder jogar, porque se não ele teria passado em branco para mim.

O que seria uma pena, porque para mim esse jogo só tem um problema, é que apesar das fases serem bem bonitas, eu acho que elas são meio que parecidas, coisa essa que não acontecia no primeiro jogo. Mas se pararmos para pensar na forma como a historia do jogo é conduzida aqui acabamos entendendo o do porque os desenvolvedores resolveram optar por cenários dessa forma. A ideia de evitar o combate direto e sempre tentar superar cada missão da forma mais discreta possível esta presente do começo ao fim do jogo. Fora o fato de que se você não jogou esse jogo, você perdeu uma cena de fuga bem legal onde Manon Batiste foge em um avião que é pilotado por Jimmy Paterson do primeiro jogo da serie.

Medal of Honor: Underground, foi desenvolvido pela DreamWorks Interactive e publicado pela Eletronic Arts em 2000 para Playstation. E em 2003 foi lançado para Game Boy Advance uma versão do jogo desenvolvida pela Rebellion.

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