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quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Review - Headhunter - Dreamcast



Headhunter - Dreamcast

Em 2001 a batata já estava assando para os lados do console da SEGA o “Dreamcast”, baixas vendas, uma pequena lista de jogos a serem lançados e pior, uma pequena lista de jogos que já tinham sido lançados para o console faziam dele um console fadado ao fracasso, vide que nem mesmo sua desenvolvedora conseguia mais acreditar em seu sucesso.

E não foi espanto para a maioria quando em Março do mesmo ano a SEGA de forma oficial descontinuava seu console, onde que esse ainda continuaria a receber os jogo já finalizados e que estavam prontos para serem lançados, mas que a partir de então você não veria mais jogos ou mesmo um suporte por parte da SEGA para esse.

Headhunter foi um desses jogos que já estavam em produção para o Dreamcast de uma lista de 60 jogos que já tinham sido programados para serem lançados para o mesmo ano, então mesmo com o anuncio por parte da SEGA a Publisher do jogo resolveu continuar e apostar suas fichas no jogo mesmo que em uma plataforma que já não teria mais tanto tempo de vida.

E o jogo não fez feio quando a do seu lançamento, você conseguia ver tudo o que o console podia ou ainda poderia fazer caso tivesse continuando visto que Headhunter tinha para época um dos melhores gráficos já produzidos até então para o console, tudo no jogo era bem feito, gráficos bonitos e cenários bem detalhados, além de animações para nos mostrar o desenrolar da historia e ainda contávamos com algumas cenas gravadas com atores reais para serem vinculadas nos noticiários que rolavam dentro do próprio jogo.

A historia do jogo se não era uma das mais criativas ainda sim era muito boa e com algumas pequenas reviravoltas, onde essa se passava em uma cidade fictícia no sul da Califórnia, cidade essa bem parecida com Los Angeles, onde além das forças policias, que foram reduzidas a pequenos grupos por parte do governo local, ainda existiam pequenos grupos/organizações legalizadas que tomavam conta da cidade, e uma dessas organizações era a “ACN” (Anti-Crime Network), que enviava seus agentes denominados “Headhunter” para caçar e prender todo o tipo de bandido e marginais que infestavam toda a cidade.

Mas com o passar do tempo a ACN descobre uma nova maneira de ganhar dinheiro, onde que essa percebeu a grande falta de órgãos humanos para transplantes e que existia uma grande procura desses por parte das classes mais rica da cidade, eis que de formas ilegais e escondido de todos começou a abater e comercializar os órgãos dos criminosos presos no mercado negro sem o conhecimento do grande publico em geral, até que certo dia “Christopher Stern” um dos fundadores da organização foi brutalmente assassinado e um de seus agente “Jack Wade” foi encontrado sem memoria e com isso começa a se desencadear uma serie de acontecimentos que podem vir a comprometer todo o sistema clandestino de vendas de órgãos.

A jogabilidade do jogo também é muito boa essa conta com vários movimentos que deixam o jogo bem mais complexo, e que conforme o tempo quanto mais você vai se acostumando com tal mais você vai se sentido confortável com ela, apesar de que toda essa qualidade vista nos controles do jogo se perdia um pouco quando você estava em cima de uma moto, ai a coisa mudava um pouco e você ia ter alguns problemas para conseguir controlar tal veiculo.

Como já mencionei no jogo além de ter um mundo bem amplo e com varias possibilidades exploratórias, você ainda para se locomover de um ponto a outro no mapa você contava com o auxilio de uma moto, que apesar dos problemas que podemos encontrar para conseguir controlar essa ainda é bem legal e da todo um clima cinematográfico ao jogo, clima esse que alias segundo informações de membros de produção do jogo foi sim todo inspirado em filmes de ficção dos anos 80 de “Paul Verhoeven”.

O jogo ainda é uma mistura de espionagem onde você tem que se infiltrar em lugares sem ser notado bem ao estilo Metal Gear, com partes de ação e tiroteios frenéticos lembrando um pouco jogos como Max Payne, mas tudo feito na medida certa e com uma boa dificuldade, onde que mesmo você encontrando certa dificuldade em certos momentos isso ainda não era o bastante para te deixar frustrado, coisas como voltar em determinado lugar para pegar determinado item que só seria usado em outro ponto bem mais distantes eram também muito normais e fazia parte de muitos dos puzzles do jogo.

Puzzles esses que por vezes lembravam os puzzles de jogos como Resident Evil, coisas como achar um extintor de incêndio em um lugar para mais afrente usar esse para apagar o fogo em um lugar especifico, ou mesmo achar uma resistência para ligar a chave de energia de um lugar e com isso liberar seu caminho, e sempre ao som de uma boa trilha sonora que te acompanhava por todo o jogo onde que em momentos de ação essa ficava com todo aquele clima de ação, te passando ao máximo toda a emoção que o momento tentava lhe proporcionar, mas isso também pudera, já que quem assinou a trilha do jogo foi “Richard Jacques”, que entre suas composições encontramos coisas como “Daytona USA: Championship Circuit Edition”, “Jet Set Radio”, Sonic & All-Stars Racing Transformed”, entre diversos outros jogos.

Headhunter foi desenvolvido pela “Amuze” e publicado pela SEGA em 2001 para Dreamcast, o jogo ainda recebeu uma versão em 2002 para Playstation 2 essa criticada por muitos por ser um jogo mau portado que tinha controles bem abaixo do esperado, e no ano de 2004 o jogo ganhou uma continuação intitulada “Headhunter: Redemption”.


Vídeo Gameplay





(Dissection)