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sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Review - ActRaiser - Super Nintendo



ActRaiser - Super Nintendo

Na época dos 16 Bits ou mesmo os videogames de 8 Bits , uma coisa era bem normal para todos que possuíam um videogame, era o habito de trocar os cartuchos que já estávamos mais que enjoados de jogar, já que os cartuchos não eram assim tão baratos de se comprar, era mais que normal as pessoas terem um certo numero de cartuchos e sempre estarem fazendo uma espécie de rodízio trocando esses quando já não os satisfaziam mais.

Eu como todos os outros também não fugia a regra, sempre que enjoava de algum jogo ia e trocava esse por algum outro jogo, ou que eu já estava procurando, ou mesmo por jogos que eu nunca tinha ouvido falar, muitas vezes seguia os conselhos dos diversos donos de bancas de trocas de cartuchos que existiam aqui em São Paulo, e em um dia fazendo uma dessas trocas de cartuchos eu seguindo o conselho do dono da banca de troca em que eu estava fazendo a troca eu peguei um jogo que nunca tinha ouvido falar até então, um tal “ActRaiser”.

Jogar ActRaiser pela primeira vez foi um pouco estranho ou mesmo confuso, primeiro porque logo que começamos a jogar você entra em um estagio com um personagem com uma espada em punho e você tem que chegar até o final da fase e derrotar sempre um chefe (Demônio) antes de sair dessa fase, tudo bem ao estilo dos muitos jogos de plataforma 2D (lateral) da época que já estávamos mais que acostumados a jogar.

Mas logo que você saia dessa primeira fase do jogo, você é jogado em uma espécie de mapa, bem parecido com o que vemos em jogos de RPG como, por exemplo, “Final Fantasy”, mais em ActRaiser o objetivo era outro, você não tinha que ficar caminhado de um lado para o outro e sim você agora estava no controle de uma espécie de “Anjo” bem minúsculo ou se acharem melhor “Cupido” e tinha que  ficar atirando flechas nos inimigos que iam aparecendo no mapa enquanto a civilização ia avançando com as construções de suas cidades, muito parecido com “SimCity” ou mesmo “Civilization”.

E era justamente nessa parte que a maioria das pessoas que pegavam esse cartucho desistiam, já que para avançar no jogo você precisava fazer a civilização construir o caminho até sua próxima fase, e para isso ou você tinha que saber falar/Ler em inglês para assim saber o que estavam pedido para você, ou então você tinha que ter muita paciência em ficar fazendo aquilo até descobrir o caminho certo, e quando falo paciência, é porque mesmo você já sabendo por onde você tinha que levar as construções você demorava entorno de 10 minutos entre uma fase e a construção do caminho para fase seguinte.

A historia do jogo era bem interessante, pelo menos para época, você joga com o personagem que é apenas conhecido como “The Master/O Mestre”, que após uma batalha com “Tanzra” e seus 6 demônios esse foi derrotado e volta para seu palácio no céu para curar seus ferimentos e cai em um sono que dura séculos, e durante esse período Tanzra divide a terra em várias regiões e presenteia cada um de seus demônio com uma dessas regiões.

O jogo tem inicio quando seu personagem O Mestre desperta e percebe que perdeu seus poderes pela falta de crença da civilização em você, e com isso você tem que passar de região em região matando os Demônios que controlam cada região e assim ir recuperando seus poderes, e a cada região que você livra dos domínios maléficos desses Demônios você ainda tem que ajudar a civilização daquele lugar a se libertar desse domínio ajudando essa a construir suas Cidades e fazendo com isso que a crença em você aumente.

Outra coisa que chamava a atenção era a trilha sonora que foi composta por “Yuzo Koshiro” que entre seus diversos trabalhos encontramos coisas como “The Revenge of Shinobi”, “Streets of Rage”, “Shenmue” entre diversos outros jogos, logo que você inicia a primeira fase do jogo essa já te deixa muito empolgado com todo aquele clima épico e esperançoso que ela te passa, mas a partir da segunda fase em diante do jogo eu tenho que admitir que apesar de gostar muito da trilha sonora ela muda um pouco da primeira musica deixando de levar aquele clima de esperança para algo um pouco mais trágico, coisa essa que se encaixa como uma luva com o decorrer do jogo.

Esse jogo ainda tinha uma dificuldade um tanto elevada mesmo para os parâmetros da época, não que seja impossível terminar o jogo, mas até você entender que você não tinha que ficar matando todos os inimigos que iam aparecendo em cada fase, mas sim tinha que passar meio que correndo durante o decorrer de cada fase somente matando quem estava na sua frente demandava um certo tempo e mais uma vez paciência se dedicando, mas óbvio que o chefe das fases você não tinha para onde correr esse você tinha que derrotar.

ActRaiser foi desenvolvido em 1990 pela Enix, e vendeu no mundo todo mais de 600 mil copias sendo que 400 mil somente no Japão, o jogo foi lançado somente para Super Nintendo, mas em 2004 ganhou uma versão para celulares e mais tarde foi também lançado no virtual console, e em 1993 o jogo ganhou uma sequencia ActRaiser 2, mais essa já é uma outra historia.


Video Gameplay




(Dissection)