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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Review - Rygar: Legendary Warrior - Atari Lynx



Rygar: Legendary Warrior - Atari Lynx

Em 1986, a Tecmo lançava RYGAR para os Arcades, ela ainda não sabia, mas acabara de inventar um clássico adventure que perpetuaria por muitos anos a fio nas grandes casas de Arcade e até mesmo em alguns botecos. Eu comecei a frequentar Fliperamas mais ou menos por volta de 1992 e 1993, nessa época os Arcades eram diferentes, eu costumo classificar a era Arcade em 3 períodos: O primeiro eram Arcades Adventures, jogos de naves da era Atari, o próprio Rygar, Pac-Man, etc.. Jogos com uma proposta de passar o tempo mesmo, distração. O segundo período veio com Street Fighter e toda a porradaria que se sucedeu após sua chegada, Jogos voltados para o versus, para o desafio, época de ouro para mim e para muitos. O terceiro período, o atual em minha singela opinião, são jogos voltados para o entretenimento e lazer, máquinas de dança, Karaokês, Guitar Band, Shooter Games, etc.. É claro que ainda temos alguma coisa dos outros períodos, mas fica claro a falta de interesse dos jovens pelos mesmos.


Voltando ao Fliperama na minha juventude, comecei a frequentar mais os Arcades quando surgiu Mortal Kombat e The King of Fighters, nossa! como gastava dinheiro, até você pegar o jeito e criar um estilo seu para o jogo levava um certo tempo, versus tinha direto, praticamente não me recordo um dia sequer que joguei uma partida contra a máquina, era sempre, sempre versus. Pois bem, num certo dia levei tanto sacode que desisti de jogar, sabe quando pegamos raiva de um jogo e queremos distância dele? Era mais ou menos assim que eu estava. Então ao olhar para o fundo, fundo mesmo, me deparei com uma máquina empoeirada, sujinha mais ainda assim ligada, eu nunca havia reparado nela, mas peguei uma ficha no bolso e fui lá ver do que se tratava, era nada mais nada menos do que o Arcade do RYGAR. Alavanca diferenciada das demais, tinha um formato de lança, era dura pra cacete e só tinha dois botões, pulo e ataque, não demorei muito a gostar dela e acredito fielmente que eu fui o responsável por terem deixado a máquina lá por mais 2, 3 anos, pois sempre gastava um dinheiro nela.


Passados alguns anos, voltei a jogar RYGAR através do Mame, já em casa com emulador as coisas eram bem mais tranquilas, bem, nem tanto, RYGAR é um Adventure à moda antiga, a dificuldade é alta para você fechar o jogo e nem todo mundo tem paciência para isso. RYGAR teve 3 ports para os consoles caseiros, um para o Nintendo que eu detestei, pois seguiu um caminho diferente do original, outro para o Master System que também não ficou bom, pois quiseram criar outro jogo com traços do original e ficou uma bosta, mas vale para se passar um tempo e o último para o Atari Lynx, sim aquele portátil da Atari em suas últimas tentativas de continuar no mercado de games.


O jogo Rygar para o portátil da Atari seguiu a risca o original e fez isso muito bem, o port foi o melhor para os consoles caseiros, e queria indica-lo para quem quer jogar RYGAR com uma dificuldade mais moderada, mais amigável. Os gráficos sofreram um zoom de aproximação, deixando o jogo um pouco esquisito à primeira vista, mas acreditem a gente se acostuma. Todo o resto está lá, a musiquinha repetitiva mais gostosa de se ouvir no mundo dos games, os efeitos sonoros, aquele sininho maravilhoso ao se coletar items, as estátuas no final de cada fase, os sprites dos cenários mantidos, enfim, é o que chamo de um port perfeito, mostrando que o pequeno Atari Lynx tinha potencial para brigar, mas ao que tudo indica, a Atari já parecia ter seu fim trágico escrito em algum lugar, uma pena.


Anos luz mais tarde, ouve uma tentativa de trazer de volta o guerreiro RYGAR, um jogo já nos moldes 3D, no estilo "modinha" da vez, GOD of WAR, Devil My Cry etc... Eu gostei, é um jogo interessante, merece ser jogado, afinal o mundo dos games também precisa seguir adiante e ser renovado, desde que haja consenso.







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