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quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Review - Galerians - Playstation



Galerians - Playstation

Uma das coisas que mais chamavam a atenção na época do Playstation (32 Bits) eram os jogos que vinham com mais de um CD, isso meio que aumentava consideravelmente o valor que seria cobrado por cada jogo, já que nessa geração o que imperava eram os jogos piratas, então os vendedores além de cobrarem pelo jogo que estavam vendendo eles também tinha que cobrar pela quantidade de mídias que fora usado para se copiar o jogo.

E com o passar do tempo vários jogos começaram e vir com mais de um CD, e meio que começou a se criar uma lenda (ou algo assim) em que jogos que possuíam mais de um CD eram obrigatoriamente jogos bons, você meio que chegava em qualquer lugar e perguntava “o jogo tal é bom?” e a resposta sempre era “só para você ter uma ideia o jogo tem mais de um CD, dai você já vê que vem coisa boa”, nessa época possuir mais de um CD era quase que um selo de qualidade, pelo menos era o que parecia ou o que os vendedores tentavam fazer parecer.

Então não tenho nem o que dizer qual eram as minhas expectativas quando eu comprei o jogo “Galerians”, já que o jogo não vinha com apenas 1 CD ou 2, mas sim 3 CDs, e minha empolgação não parava por ai, porque eu gostava muito do jogo “Resident Evil” e suas mecânicas, e o jogo Galerians era bem similar a ele nesse aspecto, já que o jogo além de ter aquele sistema de movimento de “Tank”, onde você coloca para cima e o personagem em que você esta controlando se move para frente, e se você colocar para os lados o personagem vai girar de um lado para o outro, o jogo ainda funcionava com o sistema de câmera parada/estática, onde essa não te acompanha pelo caminho, mais sim permanece fixa em um canto da tela e vai mudando de posição conforme você vai percorrendo o caminho.

A pesar de ter um sistema de movimento parecido com Resident Evil, o sistema de combate era bem diferente, já que ao invés de usarmos armas de fogo ou mesmo armas brancas, o personagem com que jogamos “Rion” usava poderes psíquicos, e durante um combate você poderia usar poderes de “chamas”, “eletricidade” ou até “levitação”, para assim tentar derrotar seus inimigos, mais isso não era tudo já que você além de ter uma barra de vida e uma barra de energia para poder usar seus poderes, você ainda tinha uma barra de AP que ia aumentando conforme você ia andando ou mesmo passando o tempo.

O interessante é que mesmo o jogo tendo as mecânicas parecidas com as já mencionadas de Residente Evil, a movimentação dos personagens era um pouco dura e travada e não ficando somente restrito ao seu personagem em questão, mais sim a movimentação de todos os personagens/inimigos que iam aparecendo durante todo o decorrer do jogo, no começo você até meio que estranhava um pouco essa falta de fluidez na mobilidade dos personagens, mais com o passar do jogo você ia se acostumando e até tirando proveito em seu favor em certos lugares ou mesmo combates.

Galerians tinha uma historia um pouco confusa pelo menos em seu inicio, já que seu personagem Rion um garoto loiro de pouco mais de 15 anos, acorda em um laboratório hospitalar sem se lembrar de nada, e ainda por cima ouvindo uma voz feminina lhe chamando o tempo todo, e que rapidamente descobre que foram feitas algumas experiência com ele, onde foram injetado em seu corpo substâncias que aparentemente despertaram poderes psíquicos e que quando fora de controle poderia matar outras pessoas que estivessem em sua volta.

E por causa desses poderes é que você tinha que sempre controlar seu AP durante os combates, já que quando esse chegava ao máximo e você executava algum ataque seu personagem automaticamente começava a sentir uma forte dor de cabeça e perdia o controle de seus poderes matando qualquer um que chegasse perto de você, e em certos momentos isso era até bom, já que os combates nesse jogo não eram assim tão fáceis, você simplesmente poderia matar todos os inimigos com quem estivesse lutando somente deixando seu personagem encher todo seu AP e liberar todo seu poder, mais óbvio que isso tinha um preço, já que quando você estava sem controle de seus poderes a sua barra de vida ia sendo consumida de forma bem rápida e se você não tomasse algum medicamento “PPEC” (nome dado aos medicamentos do jogo) você iria a óbito rapidamente.

O jogo foi dividido em quatro estágios, “Michelangelo Memorial Hospital”, “Your House”, “Babylon Hotel” e “Mushroom Tower”, aonde que você ia avançando usando aquele sistema bem conhecido de ir até um lugar pegar uma chave/cartão, voltar para outro lugar e abrir uma porta para ter acesso a uma nova área, ou encontrando pequenos itens que você poderia usar como chave para acessar outras áreas, ou mesmo como já mencionei anteriormente encontrando medicamentos que eram usados tanto quanto para encher sua vida ou mesmo para controlar ou trocar de poderes, já que seus poderes eram oriundos de certos medicamentos, durante o jogo você tem que ir encontrando e administrando qual o poder quer usar fazendo uso desses medicamentos que você ia encontrando durante o caminho.

Galerians era um jogo visualmente bonito (mas nada fora do normal), apesar de ter fases bem parecidas umas com as outras em certos lugares o que deixava o jogo em certos momentos um pouco cansativo, o jogo também não contava com uma trilha sonora presente durante o decorrer de seu caminho, essa só se fazia presente quando você estava em combate, servindo também para você saber quando tinha derrotado o inimigo, já que quando isso acontecia a musica parava de tocar, ou então essa poderia se fazer presente durante uma das diversas “CGs” que iam aparecendo durante todo o jogo, coisa essa que chamavam muito a atenção, onde mesmo já existindo jogos com CGs bem melhores, ainda sim as de Galerians eram muito boas.

Galerians foi lançado em 1999 exclusivamente para plataforma Playstation, sendo desenvolvido pela empresa “Polygon Magic” e distribuído pela empresa “Grave Entertainment”, a recepção do jogo na época foi em certo ponto tímida apesar de chegar a receber boas notas de publicações famosas como “Famitsu” que lhe deu uma nota “30/40”, ou mesmo “IGN” que deu uma nota “7,5/10”, ainda sim não foi suficiente para alavancar a popularidade do jogo, sendo que muitos diziam que o jogo já chegou em um momento em que o Playstation já estava sendo deixado de lado. Galerians ainda recebeu uma sequencia em 2002 denominada “Galerians: Ash” que foi lançado para Playstation 2.


Vídeo Gameplay



(Dissection)